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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Gestão por competência e sua contribuição para a Administração Estratégica

Por Cláudia Maria Mendes Santos

Atualmente, o tema Gestão por Competências tornou-se quase obrigatório na pauta de discussões no meio empresarial e de recursos humanos, como instrumento indispensável na administração estratégica e como ferramenta alavancadora para alcance dos resultados estabelecidos pelas organizações e fator de sobrevivência. O objetivo deste trabalho é apresentar alguns conceitos de gestão por competência e sua contribuição para a administração estratégica. 

Objetiva-se entender como ela pode auxiliar e alavancar os diferentes negócios das empresas, bem como ajudar na performance de suas equipes. Como uma organização pode detectar se as competências utilizadas na gestão de equipes estão adequadas ou obsoletas, se precisam ser ajustadas ou substituídas, ou se são o instrumento adequado para que a empresa atinja seus objetivos estratégicos, agregando valor ao seu negócio. O questionamento que quero levantar tem como ponto de partida o fato de que no atual momento, as empresas estão descobrindo a importância de valorizar o capital intelectual de suas equipes e seu comprometimento com o teórico Caborne e outros (2006) explana que, na Idade Média, “o termo competência pertencia essencialmente à linguagem jurídica”. Ou seja, este termo era usado para definir aqueles que tinham conhecimento nos tribunais para apreciar e julgar determinada ação. Com o passar dos anos, o termo competência foi empregado para qualificar a pessoa com condições de realizar um trabalho específico. Tendo como contexto a Revolução Industrial associado às idéias de Taylor, o termo competência passa a fazer parte do contexto das organizações, a fim de designar o quanto o indivíduo era eficiente ao desempenhar determinada tarefa. 

O conceito de competência torna-se amplo ao ser aplicado na gestão organizacional, em função da finalidade ou objetivo em que será aplicada na mesma. Desta forma, torna fundamental que seus administradores estratégicos consigam identificar efetivamente de quais recursos humanos (colaboradores / empregados / trabalhadores) a organização precisa e de quais dispõem e o que é necessário fazer para que este espaço criado por esta diferença, seja preenchido. 

Estabelecida a estratégia organizacional, cabe a administração das organizações orientarem suas políticas, planos táticos e ações de forma que estes ao interagirem com a gestão por competências, produzam o desempenho organizacional desejado. A proposta da gestão de competências dentro deste contexto, é a de unir esforços de forma que as competências humanas, que as organizações possuem, venham a gerar e sustentar as competências organizacionais, e o resultado deste esforço os direcione a consecução dos objetivos estratégicos da organização. 

Estabelecidos o resultado final esperado do desempenho da organização e de quais as competências de que ela dispõe para alcançá-lo, cabe aos gestores a análise das competências disponíveis e de quais são as necessárias, e a partir desta análise, estabelecerem ações para sanarem este espaço existente entre as mesmas. Em face das constantes mutações que ocorrem no contexto global, e a forma como essas mutações interferem na administração estratégica das organizações, que sofrem constantes pressões do ambiente interno e externo - dentre outras - a qual pertencem, observamos o crescente interesse dos administradores estratégicos sobre a gestão por competência e como sua aplicação os auxiliam no alcance dos objetivos e na luta pela sobrevivência das organizações, no seu segmento de mercado. 

Tais gestões e sua aplicabilidade através das áreas de Recursos Humanos das empresas, deixam de serem tecnologias distintas ou modismos para se tornarem ferramentas eficazes no alcance dos objetivos. As aplicações destes processos de gestão reforçam e garantem maior efetividade e consistência na busca de resultados. Ao integrarmos as estratégias organizacionais a gestão por competências obtém-se legitimidade e crédito por agregarmos o valor do individuo como pessoa e sua contribuição através de seu conhecimento e aplicabilidade no universo organização, e para a organização como um todo, através da disseminação do conhecimento Sua aplicação alinhada à missão, valores e estratégias das organizações na consecução dos objetivos, já mostram que não se trata mais de uma teoria ou novo modismo, e sim de ferramenta indispensável ao administrador estratégico, que deseja sobreviver e obter sucesso num momento da historia da humanidade, onde se insere a sociedade globalizada, com tão acirrada competitividade e mudanças bruscas constantes e que se as organizações não estiverem atentas e o tempo todo se reciclando, reinventadas, dificilmente conseguirão sobreviver.

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