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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A Motivação dentro das Organizações

por Rute Paixão dos Santos Oliveira

Vale ressaltar que a motivação vem de dentro para fora, ou seja, são motivos que nos levam à ação. É por causa disso que os indivíduos têm motivações diferentes. Para melhor entender essa situação segue um exemplo: Francisco é funcionário da empresa ‘Y’ e ganha como prêmio uma viagem para o Caribe, depois de efetuar uma grande venda para companhia e se sente muito satisfeito com esta premiação, pois um dos seus objetivos pessoais é viajar pelo mundo. Porém, um outro funcionário, Pedro da mesma empresa ganhou o mesmo prêmio só que não ficou tão satisfeito quanto o Francisco. Para Pedro, o que iria satisfazê-lo seria o prêmio em dinheiro, pois o seu objetivo pessoal no momento é construir sua casa própria.

O exemplo acima além de demonstrar que as pessoas têm motivos diferentes, também mostra que essa motivação é baseada na Teoria da Expectativa – onde o resultado deve proporcionar comportamentos positivos nos indivíduos. Contudo, devemos prestar atenção e tratar as pessoas como elas gostam de serem tratadas, este é um dos grandes pontos para o exercício da motivação.

Não podemos esquecer que existem várias outras teorias tais como: Hierarquia de Necessidades; ‘X’ e ‘Y’; Avaliação Cognitiva; Determinação de Metas, entre outras. Não podemos perder de vista o foco principal em que todas as teorias de motivação têm sempre o resultado da interação entre o indivíduo e a situação, ou seja, o nível de motivação varia tanto entre indivíduos quanto para indivíduos em tempos diferentes, pois nós seres humanos vivemos em um tipo espiral cheios de altos e baixos, tanto na vida profissional, emocional, sentimental quanto espiritual. Isso nos motiva hoje, mas poderá não motivar no futuro.

Tenho observado nas consultorias de treinamentos e desenvolvimentos de pessoas nas empresas, que existem alguns colaboradores que não sabem a sua verdadeira missão no mundo e nem dentro da empresa. Dessa forma, eles não têm visão futurista e não sabem nem quais são seus valores e princípios para chegarem aos seus objetivos principais.

Uma boa dica para quem se encontra nesta situação seria a prática do autoconhecimento – uma atitude valiosa para a busca constante da motivação. Desta forma sugiro que você, colaborador; esteja com seus objetivos claros, pré-estabelecidos, com planos de ação elaborados e com períodos pré-determinados para execução destes planos.

Mas e aí? A culpa é só do colaborador que não tem objetivos claros para sua vida? E qual é a parcela de culpa da empresa?

A música de Djavan, de título “Como posso saber”, é uma boa analogia para verificar a falta de motivação dentro das organizações (Onde estava a palavra Amor na letra da música substitui por motivação).


A motivação é coisa que a gente tem que
- Aprender por si só
- Nem sempre o que diz o livro é melhor
- Carrego o peso da motivação
- Que eu não pude aprender
- Porque você nunca me ajudou
A letra da música nos transmite a idéia de que a motivação é aprendida por si só, percebeu? Colaborador! Mas também a música cita que a pessoa precisou da ajuda do outro e quem será esse outro? É isso mesmo! Você ‘empresa’ representada geralmente pelos diretores, acionistas, gerentes e líderes.

Mas como estar motivado dentro das organizações que visam o custo, a qualidade, a inovação, a eficiência, o lucro, a satisfação do cliente, e que por questões econômicas, sociais e ambientais adotaram o novo lema: fazer mais, fazer melhor, fazer mais rápido e com menos recursos?


A melhor sugestão é pegar alguns pontos de desmotivação e eliminá-los como, por exemplo:

- As críticas invejosas – Realizadas pelos nossos líderes. A crítica só é construtiva quando acompanhada de “porquês” para a realização de um trabalho melhor, ou seja, não vale criticar um trabalho só por criticar é necessário sugerir também outras formas de realização.


- A falta de transparência – É necessário que na relação colaborador e empregador exista um mínimo de transparência, pois geralmente as pessoas querem saber onde estão “pisando” e como estão “pisando”. Sinceridade gera confiança.


- O não reconhecimento do trabalho do outro – Realmente deixa qualquer ser humano desmotivado. É como você estudar bastante para uma prova e conseguir a nota 10, tão sonhada, e os seus pais lhe dizerem “não fez mais do que a obrigação”.


- Salário estagnado – Esse exemplo na realidade é bem desmotivador, pois precisamos ao menos suprir nossas necessidades básicas como já dizia Maslow na teoria de Hierarquia de Necessidades. Nada mais justo que ter a sensação de está ganhando junto com a empresa.


- Promessas não cumpridas – Já pensou, você trabalhar o final de semana “todinho” para terminar um trabalho na certeza que terá uma folga no próximo final de semana e quando chega na hora “H” a empresa não cumpri com a palavra e você precisará trabalhar no próximo final de semana também!?


- Metas ou pedidos impossíveis de serem cumpridos – Imagine uma solicitação de trabalho que no normal exigiria uma semana para realização, e o seu chefe lhe pede para está pronto em 24 horas.


- O líder que ofusca o brilho do colaborador – Quando o líder não fala ao seu superior que foi o seu assistente que realizou aquele relatório bem-estruturado e com informações preciosas. Quando o líder é sincero ele só tem a ganhar, pois o seu superior irá perceber a sua habilidade e a sensibilidade de recrutar pessoas certas para os lugares certos dentro da organização.

Poderíamos citar vários outros pontos de desmotivação, mas o importante é que a empresa e o colaborador estejam em sintonias com as mais variadas situações. E se lembre de que a motivação é uma situação. “Você pode ler um romance completo de uma vez e, no entanto achar difícil ler um livro didático por mais de 20 minutos. Não é necessariamente você – é a situação em que você encontra-se”. (CONCEITOS básicos de motivação. Handbook de Estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas, 2000).

Pois é pessoal a motivação pode ser comparada à minha parceria com a equipe do site RH.com.br. Eu tenho meus objetivos claros, habilidades, conhecimentos, atitudes e paixão pelo desenvolvimento de pessoas dentro das organizações e a equipe do RH.com.br simplesmente percebeu minha vocação e me deu a oportunidade e continua me estimulando na elaboração de novos artigos, através dos elogios e sugestões. Contudo, o principal ponto desta motivação é o feedback constante de vocês leitores. É claro!

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